Uma investigação recente sugere que o raio do nosso Sol é ligeiramente menor do que o modelo solar tradicional indicava, por uma diferença de algumas centésimas de percentagem, equivalente a apenas algumas dezenas de quilómetros.
Essa conclusão, embora não seja inteiramente nova, está alinhada com estudos anteriores que utilizaram ondas sonoras geradas pela atividade sísmica do Sol para calcular o seu tamanho. A investigação mais recente, ao empregar um “modo” diferente de ondas sonoras, reforça a ideia de uma discrepância no raio solar em comparação com as estimativas padrão.
Este método alternativo de análise, utilizando ondas de modo P, originadas por flutuações de pressão no interior turbulento do Sol, sugere um raio consistente com estimativas anteriores do modo F. As ondas de modo P, por penetrarem facilmente no núcleo solar, fornecem uma medida mais sólida e confiável.
Douglas Gough, co-autor do estudo da Universidade de Cambridge, destaca a importância dessas inferências sismológicas, que revelam detalhes sobre as reações nucleares, a composição química e a estrutura básica do Sol. Essas ondas sonoras, ao percorrerem o interior da estrela, geram oscilações na superfície, proporcionando aos cientistas insights valiosos sobre a sua estrutura.
Embora a diferença em termos de quilómetros seja modesta, pode ter implicações significativas na compreensão da estrutura interna e composição do Sol, onde a precisão é crucial. O estudo, ainda sujeito a revisão por pares, destaca a possibilidade de interpretações equivocadas sobre elementos sutis da estrutura solar, alertando para a importância de avanços precisos nesta área.
Para mais detalhes sobre esta pesquisa, consulte o artigo científico no portal arXiv.https://arxiv.org/abs/2310.11299
