O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação realizou, no dia 15 de Agosto de 2023, no Auditório do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências em Luanda, a abertura oficial da Campanha de Recolha de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação, juntamente com o Seminário metodológico de recolha desses indicadores.

Esta campanha tem como objectivo principal materializar os propósitos da Política Nacional dentro do Plano de Desenvolvimento Sectorial (PDS) 2023-2027 do Ministério, que busca estabelecer um mecanismo consistente de recolha e tratamento de dados científicos, tecnológicos e de inovação. Isso permitirá acompanhar as actividades relacionadas a essa área pelo governo e avaliar objetivamente o desenvolvimento científico e tecnológico do país, considerando o investimento realizado, a produção científica e tecnológica, a integração dos resultados na sociedade por meio da inovação, além de alinhar-se à estratégia da SADC de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Abertura oficial da Campanha de Recolha de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação. Foto: MESTI
Abertura oficial da Campanha de Recolha de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação. Foto: MESTI

A cerimónia de abertura foi presidida pela Secretária de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Alice de Fátima Pinto de Ceita e Almeida, que destacou os desafios enfrentados em Angola na coleta de indicadores nessa área, enfatizando a importância da colaboração das instituições de pesquisa científica, do ensino superior, das empresas públicas e privadas e das organizações não-governamentais sem fins lucrativos na disponibilização e consistência dos dados.

A Secretária de Estado também mencionou que a coleta de indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação segue uma metodologia amplamente divulgada e aplicada por organizações continentais, regionais, países e instituições. Essas metodologias, referenciadas por manuais como Frascati, Oslo, Bogotá, Santiago, Lisboa, Antígua, Valência e Lima, visam harmonizar conceitos e padronizar metodologias, garantindo a validade dos dados estatísticos e a produção de indicadores validados e comparáveis internacionalmente.

Foi feito um apelo a todos os actores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e demais parceiros para colaborarem efetivamente na campanha, a fim de alcançar os objetivos propostos.

Essa campanha de recolha de indicadores abrange o período de 2015 a 2018 e estima-se que dure entre 3 a 6 meses, dependendo da velocidade e do cumprimento dos critérios estabelecidos.

O diretor Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, António Alcochete, afirmou que é necessário analisar a veracidade dos dados fornecidos e alcançar a conformidade com os pressupostos estabelecidos antes de progredir. Caso não seja possível concluir a coleta em 3 meses, o prazo será estendido para cobrir todas as instituições envolvidas.

Os Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação são ferramentas que ajudam a medir, analisar e comparar internacionalmente a evolução das actividades de pesquisa e desenvolvimento nas áreas científica, tecnológica e de inovação. Eles fornecem dados estatísticos estratégicos para inteligência tecnológica, permitem avaliar políticas e estratégias de instituições de pesquisa e desenvolvimento, além de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país, região ou do globo.

A Campanha dos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação está dividida em duas categorias: uma relacionada à pesquisa científica e desenvolvimento experimental, na qual se avalia o processo de pesquisa nas Instituições de Ensino Superior e nos Centros de Investigação; e outra sobre inovação, voltada para empresas públicas ou privadas, com o objetivo de avaliar a inovação em termos de produção, organização e marketing.

Foi destacado historicamente que Angola iniciou a recolha de dados piloto e informações em 2009 para elaborar os primeiros indicadores. Em 2012, o país participou de uma formação no Cairo, Egito, para treinar técnicos do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Instituto Nacional de Estatística. Em 2013, Angola realizou o primeiro Inquérito Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que foi validado em 2014 pela NEPAD e UNESCO. Além disso, em 2015, o Coordenador do Grupo Técnico de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola foi convidado a integrar a equipe de formadores da NEPAD/UNESCO, e Angola compartilhou seu conhecimento com Cabo Verde.

A cerimônia de abertura oficial da Campanha de Recolha de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação contou com a presença da Secretária de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Alice de Fátima Pinto de Ceita e Almeida, do Diretor Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, António Alcochete, do Diretor do Centro de Ciências de Luanda, Domingos da Silva Neto, além de outros representantes de instituições de ensino superior, pesquisa e desenvolvimento, empresas, organizações sem fins lucrativos e convidados.

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