Um estudo recente publicado no The Lancet chama a atenção para um cenário surpreendente: o mundo pode atingir o ponto de viragem na fertilidade já em 2030. Este marco crucial, que define o número de filhos necessários para manter a população humana estável, poderá ser alcançado mais cedo do que o previsto.

Os demógrafos há muito antecipam que o mundo atinja este ponto crítico, impulsionado por factores como aumento da educação, renda e acesso a contraceptivos. No entanto, novas projecções indicam que a queda na fertilidade está a ocorrer mais rapidamente do que o esperado.

O estudo, liderado por Christopher Murray do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, sugere que as estimativas anteriores podem ter sido conservadoras. Com os números para 2030 já representando uma aceleração em relação às previsões anteriores, especialistas alertam para a possibilidade de um declínio ainda mais rápido.

A queda na fertilidade não significa uma diminuição imediata da população mundial. Serão necessárias cerca de três décadas para que a taxa de mortalidade exceda a taxa de natalidade. No entanto, essa tendência tem implicações significativas para diferentes regiões do mundo. Países com baixa fertilidade podem enfrentar desafios económicos e de mão de obra, enquanto países com alta fertilidade podem lutar para sustentar uma população em crescimento.

As estimativas sobre quando o mundo atingirá o ponto de viragem variam devido a diferentes abordagens metodológicas. Enquanto alguns modelos se baseiam na taxa de fertilidade total de cada país, outros consideram as mudanças de comportamento ao longo da vida reprodutiva. Essas diferenças podem resultar em projecções divergentes e têm implicações importantes para políticas e planejamento futuro.

Independentemente do momento exacto em que o mundo atingirá este marco, especialistas alertam para a necessidade de acção urgente. O impacto dessa mudança na dinâmica populacional exigirá adaptações significativas em políticas de saúde, economia e bem-estar social. Enfrentar esse desafio requer uma abordagem colaborativa e medidas proactivas para garantir um futuro sustentável para todas as regiões do mundo.

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