Mulher fala pela primeira vez em 18 anos com ajuda de IA

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inteligência artificial permite mulher paralisada a falar pela primeira vez em 18 anos
inteligência artificial permite mulher paralisada a falar pela primeira vez em 18 anos

Recentemente, uma mulher chamada Ann, que havia perdido a capacidade de se comunicar devido a uma paralisia, deu um grande passo em direcção à sua recuperação graças a uma tecnologia inovadora desenvolvida na Universidade da Califórnia (UC). Esse sistema revolucionário de inteligência artificial utiliza um implante cerebral conectado a computadores, o que possibilitou a  fala de Ann por meio de um avatar digital.

Essa tecnologia inovadora é baseada em uma interface cérebro-computador que decodifica os sinais cerebrais de Ann e os transforma em fala sintetizada, com o avatar digital vocalizando essas palavras enquanto reproduz expressões faciais naturais.

Ann, que havia perdido a capacidade de fala e mobilidade após um derrame, agora tem novas esperanças graças a esse avanço tecnológico. Os pesquisadores da UC estão optimistas de que esse sistema possa eventualmente obter aprovação da FDA, oferecendo uma nova forma de comunicação para pacientes que, embora estejam conscientes, enfrentam limitações físicas.

Um Longo Caminho para a Recuperação

Há dezoito anos, Ann sofreu um derrame inexplicável que a deixou paralisada e incapaz de se comunicar. Mesmo após anos de reabilitação física, ela só conseguiu recuperar parcialmente o controle de alguns músculos faciais e do pescoço. No entanto, a capacidade de fala permaneceu inatingível.

Em 2021, após tomar conhecimento da pesquisa realizada pela UC, Ann viu uma oportunidade de recuperar sua voz e comunicação.

Da Actividade Cerebral à Fala

O processo envolveu o implante de mais de 250 eléctrodos no cérebro de Ann, direccionados a uma área crucial para a fala. Esses eléctrodos capturam os sinais cerebrais enquanto Ann tenta falar, transmitindo esses sinais para computadores por meio de um cabo conectado a uma porta em seu crânio.

Durante várias semanas, Ann trabalhou com os pesquisadores para treinar um sistema de inteligência artificial a reconhecer os sinais cerebrais relacionados à fala. Ela repetiu frases com mais de 1.000 palavras para ajudar o algoritmo de IA a compreender os padrões de actividade cerebral associados à fala.

O resultado é notável. O sistema da UC é capaz de decodificar os sinais cerebrais em texto a uma taxa de quase 80 palavras por minuto, uma melhoria significativa em relação ao seu sistema anterior de comunicação baseado em texto, que produzia apenas cerca de 14 palavras por minuto.

Além disso, o avatar utiliza a voz personalizada de Ann, recriada com base em sua fala anterior. O avatar também simula os movimentos faciais de Ann com base nos sinais cerebrais, graças à IA.

O Futuro da Tecnologia

A próxima etapa do projecto envolve o desenvolvimento de uma versão sem fio do sistema, eliminando a necessidade de Ann estar fisicamente conectada a computadores. Isso pode melhorar significativamente a independência e as interações sociais de pessoas como Ann, marcando um avanço promissor na recuperação de pacientes com condições semelhantes.

A participação de Ann nesse estudo, publicado na revista Nature, foi transformadora, proporcionando-lhe um senso de propósito e esperança, além de contribuir significativamente para a sociedade.

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