O avanço da Inteligência Artificial (IA) tem transformado inúmeros campos, e a medicina não é excepção. Uma equipa de investigadores desenvolveu uma nova ferramenta de IA capaz de diagnosticar diversas doenças a partir de uma única amostra de sangue. Entre as condições diagnosticadas estão o diabetes tipo 1, HIV, COVID-19, e doenças auto-imunes como o lúpus. Esta inovação, publicada na revista Science, utiliza sequências genéticas de células imunitárias, oferecendo um diagnóstico simultâneo para múltiplas condições de saúde.
A ferramenta de Inteligência Artificial analisa os receptores das células B e T do sistema imunitário, que, quando expostas a infecções ou doenças auto-imunes, produzem receptores específicos. Ao sequenciar os genes que codificam esses receptores, a IA consegue ler o “histórico” das exposições do sistema imunitário e identificar se o paciente está a lidar com uma dessas condições. Com base nessa análise detalhada, a Inteligência Artificial pode detectar doenças como o diabetes, HIV e COVID-19 em uma única abordagem, o que representa um avanço significativo em relação aos métodosSe tradicionais de diagnóstico, que normalmente se concentram numa única doença por vez.
Este “diagnóstico de uma só vez” promete simplificar e acelerar o processo médico. Segundo Sarah Teichmann, bióloga molecular da Universidade de Cambridge, o uso da Inteligência Artificial oferece um panorama completo da saúde do paciente ao captar tudo o que o sistema imunitário já enfrentou. Maxim Zaslavsky, cientista da computação da Universidade de Stanford, destaca que, com mais refinamento, a ferramenta poderá diagnosticar doenças que hoje não possuem testes conclusivos.
Apesar de ainda não estar pronta para uso clínico, a Inteligência Artificial tem um enorme potencial para transformar o diagnóstico médico. Ferramentas como esta poderiam permitir que os médicos oferecessem tratamentos mais rápidos e precisos, além de fornecer uma abordagem personalizada para cada paciente. Com o desenvolvimento contínuo, a Inteligência Artificial pode, no futuro, desempenhar um papel central na detecção de doenças como diabetes, HIV e COVID-19, entre outras. Este é mais um exemplo de como a Inteligência Artificial está a moldar o futuro da medicina.