Um estudo publicado na revista JAMA destacou o uso inovador da doxiciclina como medida preventiva contra infecções sexualmente transmissíveis (DSTs) bacterianas. O método, conhecido como profilaxia pós-exposição (DoxyPEP), consiste em tomar uma dose única de 200 mg do antibiótico até 72 horas após uma relação sexual desprotegida ou de risco.
A estratégia demonstrou eficácia significativa: reduziu em mais de 70% os casos de clamídia e sífilis e em cerca de 50% os de gonorreia, doenças que, apesar de frequentemente assintomáticas, podem causar complicações graves, como infertilidade, problemas cardíacos e neurológicos.
Quem Deve Usar?
A DoxyPEP é recomendada para grupos de maior risco, como homens que fazem sexo com homens e mulheres transgénero que tiveram uma DST bacteriana nos últimos 12 meses. Embora ainda não existam estudos suficientes para outros grupos, pessoas com risco elevado podem consultar um médico sobre a possibilidade de usar o tratamento.
Segurança e Limitações
Apesar de ser um medicamento seguro e amplamente utilizado, a doxiciclina pode causar efeitos colaterais leves, como náusea e sensibilidade ao sol. Especialistas também alertam que o uso indiscriminado pode aumentar a resistência bacteriana. Por isso, a DoxyPEP deve ser usada sob prescrição médica e acompanhada de outras práticas preventivas, como preservativos e testes regulares para DSTs.
A introdução da DoxyPEP como ferramenta preventiva é vista como um avanço na saúde pública, oferecendo uma nova abordagem para reduzir infecções em populações vulneráveis. Especialistas recomendam que o uso do antibiótico seja sempre parte de um plano mais amplo de cuidado à saúde sexual.